terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cinemando Listas #3: Os 5 melhores filmes de Natal

O Natal é a data que mais rende filmes "temáticos" para o cinema. Selecionamos os 5 melhores já feitos na nossa opinião.

1. A Felicidade Não se Compra (It's a Wonderful Life, 1946)


Dirigido pelo premiado diretor da década de 30 Frank Capra (já ganhou 3 estatuetas por melhor direção), o filme conta com o protagonista George Bailey, interpretado pelo sedutor e talentoso James Stuart (Janela Indiscreta, 1954), que em uma tentativa de suicídio recebe um  espírito desencarnado, candidato a anjo, que mostra para Bailey várias situações que teriam acontecido se não fosse sua interferência. A morte do irmão, a tristeza da esposa, a situação lastimável de sua cidade, entre outras.

Com essa pitada de histórias de Charles Dickens, o filme chegou a ser indicado a 5 categorias do Oscar, mas não levou nenhum dos prêmios. Contudo, é um dos melhores filmes natalinos, que pelos princípios mostrados nunca será datado. 

Uma curiosidade sobre o filme é que a Banda McFly tirou parte de um dos diálogos entre George Bailey e Mary - "What is it you want, Mary? What do you want? You want the moon? Just say the word and I'll throw a lasso around it and pull it down. Hey. That's a pretty good idea. I'll give you the moon, Mary." - e incluiu no meio de "Love is Easy", uma de suas canções mais famosas.

2. Feliz Natal (Joyeux Noël, 2005)


Feliz Natal é um filme incrível, que se não fosse baseado em fatos reais, poderia ser considerado uma história absurda, até mesmo para o cinema.

Em 1914 a Primeira Guerra Mundial se inicia, e quando chega véspera de Natal tudo muda para alguns dos soldados. A neve e presentes da família e do exército ocupam as trincheiras francesas, escocesas e alemãs, envolvidas no conflito. Durante a noite os soldados saem de suas trincheiras e deixam seus rifles de lado, para apertar as mãos do inimigo e confraternizar o Natal, sem ódio ou ameaças. 
Este ato faz mudar a vida e a visão sobre a guerra de muitos soldados em combate.

Impossível ver esse filme sem trazer para os dias atuais, nos conflitos modernos, e por esse motivo é um dos melhores filmes natalinos. Além disso, consegue resgatar os verdadeiros sentimentos de Natal de compaixão e fraternidade.

3. Feliz Natal, 2008



Primeiro longa-metragem dirigido pelo talentoso e brasileiro Selton Melo, foge de todos os clichês de filmes de natal, em uma história densa e depressiva, mas que ainda assim é tocante e nos faz repensar sobre nós mesmos.

Caio (Leonardo Medeiros) trabalha em ferro-velho, cercado de pedaços e peças enferrujadas, tenta montar o quebra-cabeça da própria existência e esquecer os fantasmas do passado. Perto do natal e das festas de final de ano, ele tenta uma raproximaçãocom a família disfuncional. A mãe é bêbada e viciada em psicotrópicos; o pai, separado da esposa, não o aceita; o irmão vive um casamento em crise e a cunhada está perdida entre as frustrações de um casamento naufragado. 
Há algo no passado de Caio que o impediu de voltar à sua casa por anos. Algo que agora o impede de ser recebido com naturalidade.

É um filme de observação, mas que só enxerga o mal, o telespectador tem que se preparar para entrar nesse universo mais pessimista desenhado por Selton Melo.

Curiosidade: O filme ganhou o prêmio de melhor direção de fotografia no Festival de Paulínia no mesmo ano.

4. O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas, 1993)


Com mais de 20 anos de sua estreia, esse filme ainda encanta muitos jovens e adultos, não apenas pelo roteiro, mas também por conta da inovadora direção de arte e filmografia. 

Dirigido por Henry Selick (Coraline, 2009), o filme conta a história do ser fantástico Jack Skellington (Chris Sarandon), que vive na Cidade do Halloween. Lá todos passam o ano organizando o Halloween do ano seguinte mas, após mais um Halloween, Jack se mostra cansado de fazer aquilo todos os anos. Assim ele deixa os limites da Cidade do Halloween e vagueia pela floresta. Por acaso acha alguns portais, sendo que cada um leva até um tipo festividade. Jack acaba atravessando o portal do Natal, onde vê demonstrações do espírito natalino. Ao retornar para a Cidade do Halloween, sem ter compreendido o que viu, ele começa a convencer os cidadãos a sequestrarem o Papai Noel (Edward Ivory) e fazerem seu próprio Natal. 

Apesar de ser dirigido por Selick o filme tem colaboração direta de Tim Burton, que não realizou a direção do filme por conflitos com a Disney e por já ter assumido o “Batman - O Retorno”, mas ainda entra como um dos roteiristas, já que o enredo teve origem em um poema escrito por ele em 1982.

O filme é singular por diversas razões, uma é que ele é todo feito em stop-motion e foi todo filmado em miniatura, apesar de todo o cenário ser iluminado como se tivesse tamanho real. 

Com isso, a animação teve tanta repercussão que o personagem Jack Skellington já fez aparições em outros filmes de Tim Burton e Henry Selick: em Os Fantasmas se Divertem e em James e o Pêssego Gigante.

5. Um Homem de Família (The Family Man, 2000)


Em toda a lista esse filme é o que mais se parece com os clichês gerais de filmes natalinos, porém é especial, por ter uma tocante história em torno de ótimas atuações.

O enredo é sobre a vida de Jack Campbell (Nicolas Cage), um executivo, bem sucedido, com várias mulheres e ostentação.
Porém, 13 anos antes, seduzido pelo sucesso, Jack abandonou o grande amor de sua vida, Kate (Téa Leoni). Até que ocorre uma reviravolta e ele acorda (como que num passe de mágica) como se estivesse escolhido a vida com Kate, em vez de ser um executivo, casado, pai de duas crianças e levando uma vida tranquila no subúrbio.

Ainda com um roteiro pouco original, o diretor Brett Ratner (Quero Matar Meu Chefe, 2011) consegue passar uma mensagem interessante, embalada no espírito natalino, alternando cenas de dramas de consciência e romance com passagens bem-humoradas.

Para uma lista como essa não poderia faltar menções honrosas.

Bônus 1: Simplesmente Amor (Love Actually, 2003)

O novo Primeiro-Ministro da Inglaterra (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias, Natalie (Martine McCutcheon). Numa tentativa de curar seu coração, um escritor (Colin Firth) parte para o sul da França e lá acaba se apaixonando. Karen (Emma Thompson) desconfia que Harry (Alan Rickman), seu marido, a está traindo. Juliet (Keira Knightley), que se casou recentemente, desconfia dos olhares e intenções de Mark (Andrew Lincoln), o melhor amigo de seu marido. Sarah (Laura Linney) enfim tem a grande chance de sair com Karl (Rodrigo Santoro), por quem mantém uma paixão silenciosa. A vida de todos estes personagens se entrelaçam e são modificadas pela presença do amor em suas vidas.

Podemos considerar um filme clichê, já que possui todos os fatores para levar esse rótulo. Porém, o diretor Richard Curtis (Um Lugar Chamado Notting Hill, 1999) consegue reunir ótimas atuações, com um resultado comovente entre detalhes da vida.

Bônus 2: Esqueceram de Mim (Home Alone, 1990)

Filme sessão da tarde, que acompanhou muitas infâncias, principalmente para os da década de 90. 

Uma família de Chicago planeja passar o Natal em Paris. Porém, em meio às confusões da viagem, um dos filhos, Kevin (Macaulay Culkin), acaba esquecido em casa. O garoto de apenas oito anos é obrigado a se virar sozinho e defender a casa de dois insistentes ladrões.

O filme fez tanto sucesso que teve continuação com o  Esqueceram de Mim 2 - Perdido em Nova York (1992) e Esqueceram de Mim 3 (1997).



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cinemandoadois #13: The One I Love, 2014

Filme sobre relacionamentos, que parece mais suspense do que romance.


A história é sobre um casal em crise, Etan (Mark Duplass) e Shophie (Elisabeth Moss), até que o terapeuta, que eles frequentam, indica que eles passem um período de férias em uma casa no campo. Entretanto, logo nos primeiros dias na casa uma inesperada descoberta os faz repensar sobre eles mesmos e sobre o futuro do relacionamento.

Dirigido por Charlie  Mcdowell, estreante da sétima arte, esse é um filme independente que impressiona e consegue entregar originalidade.
Toda a evolução do casal em cena é muito visível, sem deixar de ser sutil, com simbolismos e enquadramentos de espelhos para tentar chegar à compreensão do telespectador. Fica difícil até não dar nenhum Spoiler, pois qualquer tipo de informação extra estraga a descoberta para aqueles que ainda não assistiram.


Com apenas dois atores em, praticamente, todo o filme, é um longa ambicioso, por arriscar em demasiadas sutilezas com o uso da fotografia e uma ótima trilha sonora, utilizando todos os artifícios cinematográficos, de forma simples, sem deixar de ser promissor.

Elisabeth Moss (Cadê os Morgan? / série Mad Men) realiza um trabalho espetacular como Sophie, pode até dizer que esse é uma das suas melhores atuações. Mark Duplass (A Hora Mais Escura, 2012) também faz o protagonista Ethan muito bem com uma atuação engajadora e densa. Assim, Entre o silêncio e o desejo, os personagens prendem a atenção do público, que fica ansioso na tentativa de desvendar a trama.

Porém, o importante do filme não é entender o que realmente acontece e sim a simbologia dos acontecimentos, pois não é um enredo singular e sim universal, para todas as crises entre amores.

Contudo, a falha de The One I Love está no desfecho, em que tentam dar respostas ao que não precisa ser explicado. Mesmo essa tentativa acaba sendo pouco sólida e desnecessária para o final (com um ato em particular que nem mesmo faz sentido). Assim, não se prenda em procurar explicações, pois as poucas que o filme oferece só prejudicam a intencionalidade inicial.


Apesar disso, o longa entrega uma experiência original e cheia de questionamentos, que favorecem um bom diálogo e discussão. Dessa forma, não conseguimos sair intactos do filme, pois leva a reflexão entre relações, erros e principalmente sobre nós mesmos.

Nota: 8 / 10

Informações Gerais
Roteiro: Justin Lader
O site IMDB teve uma média de 7,1/10 das notas dos usuários.
O Rotten Tomatoes deram 80% de aprovação para o filme, enquanto os usuários deram em média nota 3,8/5.

Trailer:


domingo, 14 de dezembro de 2014

Final da série Sons Of Anarchy tem 'final ride' épico e recorde audiência no FX Americano

Com o final da sétima temporada os motoqueiros de SAMCRO vão deixar saudades




Depois de tiros, armas, mortes e milhões de abraços fraternais, o seriado mais barra pesada da atualidade chega a sua conclusão épica. Se você ainda nunca ouviu falar dos garotos de Charming, você precisa urgentemente começar a assistir esta série. Sucesso de público e crítica 'Sons Of Anarchy' foi o seriado mais rentável e de maior audiência do canal pago FX.

Na séria acompanhamos Jax Teller (Charlie Hunnam, Hooligans, 2005, Círculo de Fogo, 2013), em sua batalha por conciliar os problemas de seu clube de motoqueiros fora da lei com a relação de sua família pouco convencional. 
As temporadas passadas foram avaliadas pelo audiência americana, como as mais sangrentas da televisão norte-americana, só perdendo para 'Game Of Thrones', porém por se tratar de uma série com vivência atual, as imagens são pratos cheios para quem gosta de sangue e lutas.



Depois de terem se metido em todas as 'tretas' possíveis e imagináveis com gangues latinas, o IRA irlandês, a máfia chinesa, os trambiqueiros russos, o cartel mexicano, e o lowrides americanos para ter seu negócio de tráfico de armas funcionando, na última temporada, encerrada nesta semana, Jax tem que lidar com problemas que envolvem a decisão de como cuidar de sua família em meio a um cenário de suprema violência constante. Gemma Teller (Katy Segal, Married With Children), faz a mãe e matriarca de todos os foras da lei, e é papel decisivo no desfecho da trama.

Aliás é nela e em seu papel que as mais diversas sensações são causadas em quem assiste, todas as temporadas nos criam um anti-herói que amamos, porém a matriarca no maior estilo "Breaking Bad", vai nos mostrando que a maldade e atos pró família são meios de atingir um inalcançável objetivo próprio. 




O series finale foi visto por 6,4 milhões de telespectadores e fez incríveis 4,2 na demo, consagrando a final ride de Jax como o episódio mais assistido da história da série. A audiência foi tão surpreendente, que chegou a fazer frente com os canais abertos. SOA não apenas dominou o horário das 22h na TV a cabo americana como empatou com o Victoria’s Secret Fashion Show da CBS na demo, que também foi exibo às 22h.

Contando com diversas participações especiais na temporada final de nomes como Marilyn Manson, Lea Michele e Courtney Love, o seriado deixa um buraco na alma de quem acompanhou e se apaixonou por todo o caos e stress presentes em suas narrativas.

Kurt Sutter, autor da série, usou grande influência de William Shakespeare,  no décimo segundo episódio da 4ª temporada é chamado de "Burnt and Purged Away", uma citação tirada do Ato I, Cena 5 de Hamlet, em que o fantasma do pai de Hamlet explica a Hamlet que ele está condenado a sofrer no Purgatório até que ele pague por todos os seus pecados. 

Além disso, os últimos episódios da 4ª temporada são chamados de "To Be" (Partes I e II), harkening ao famoso Para ser, ou não ser. O nono episódio da 7ª temporada é chamado de "What a Piece of Work is Man", que é também uma referência a Hamlet.



A verdade é que os corpos nem esfriaram e já estamos sedentos de saudades desta incrível série, o que nos resta é rever todas as temporadas deste grande sucesso do FX e caso ainda não seja uma 'Old Lady' em potencial, assista a todas as temporadas que é impossível não se irritar, odiar e amar ainda mais toda a sedução de um anti-herói do mal com o maior coração do mundo! Porque Sons quando visto sem toda a violência é nada mais do que uma ode a lealdade, o amor, o legado e os filhos.






quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Foi divulgada a lista dos concorrentes ao prêmio SAG AWARDS

 Jennifer Aniston e Julianne Moore estão entre as indicadas 

 

Os Prêmios Screen Actors Guild (no original Screen Actors Guild Awards também conhecido como SAG Awards) são prêmios promovidos pelo sindicato americano de atores que apontam a excelência em cinema e televisão. As indicações aos prêmios são realizadas por 4200 membros escolhidos ao acaso pelo sindicato, de um total de 120 000 membros (em 2007) habilitados a votarem. Têm sido um dos maiores eventos em Hollywood desde 1995.

Muitos dos membros escolhidos para votarem no SAG também votam no OSCAR, sendo assim essa é uma boa premiação para prevermos os indicados ao principal prêmio do cinema.

Na lista já divulgada dos indicados de 2015 temos destaque ao filme “Birdman” com quatro indicações, incluindo “melhor elenco”.
E, como previsto, Boyhood (crítica aqui) está entre os mais indicados também. 

A cerimônia de premiação do SAG Awards 2015 acontece em 25 de janeiro.

Confira a lista:

Melhor Elenco
Birdman
O Jogo da Imitação
O Grande Hotel Budapeste
A Teoria de Tudo

Melhor Ator
Michael Keaton – Birdman
Eddie Redmayne – A Teoria de Tudo
Steve Carell – Foxcatcher
Benedict Cumberbatch – O Jogo da Imitação
Jake Gyllenhaal – O Abutre

Melhor Atriz
Reese Whitherspoon – Livre
Julianne Moore – Para Sempre Alice
Jennifer Aniston – Cake
Felicity Jones – A Teoria de Tudo

Melhor Ator Coadjuvante
Edward Norton – Birdman
Mark Ruffallo – Foxcatcher
Ethan Hawke – Boyhood
J.K Simmons – Whiplash

Melhor Atriz Coadjuvante
Keira Knightley – O Jogo da Imitação
Patricia Arquette – Boyhood
Emma Stone – Birdman
Naomi Watts – St.Vicent

Melhor Time de Dublês em Filme
Invencível
James Brown
X- men: Dias de um futuro esquecido
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

Interessante perceber que quase todos os filmes sequer chegaram às nossas terras tupiniquins, e, alguns, nem tem previsão de estreia. 

Assim, só nos resta aguardar ansiosamente esses filmes, principalmente por Birdman.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Assista ao primeiro trailer do filme Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe, 2015)

“Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."






Foi divulgado nesta segunda, dia 8, o trailer internacional do novo filme animado O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince), baseado no livro clássico de Antoine de Saint-Exupéry. O livro já teve diversas adaptações, sendo a mais famosa o longa live-action de 1974.

O vídeo é emocionante, traz a nostalgia mais doce da infância, que conta a história de um piloto de avião, que sofre um acidente e cai em pleno deserto do Saara. Lá, acaba conhecendo um garoto, pequeno príncipe, que veio de outro planeta. Os dois acabam se tornando amigos e entrando numa jornada de sonhos, na qual o garoto conta sua coleção de histórias incríveis.


O filme tem direção de Mark Osborne (Kung Fu Panda) e vozes de Rachel McAdams, Mackenzie Foy, James Franco, Jeff Bridges, Marion Cotillard, Benicio Del Toro e Paul Giamatti, na versão americana.

A Paramount liberou o primeiro trailer, embalado pela música Somewhere Only We Know de Keane na versão mais delicada de Lily Allen.

Confira (em francês): 



Não há previsão de estreia por aqui, mas lá fora, O Pequeno Príncipe chega aos cinemas no dia 7 de outubro de 2015.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cinemandoadois #12: Homens, Mulheres e Filhos (2014)

Com foco no uso excessivo da tecnologia e como isso afeta a comunicação, filme merece ser visto em família.




Que hoje em dia ninguém mais está imune a uma avalanche digital, isso todo mundo já sabe, porém a forma como esses fatos são tratados é o que faz toda a diferença. O filme 'Homens, Mulheres e Filhos', que teve sua estreia esse final de semana (5) nos circuitos nacionais, faz uma análise de como esse comportamento mudou a forma como interagimos.

Com um elenco forte com nomes como Ansel Elgort, Jennifer Garner, Adam Sandler, Dean Norris e Emma Thompson, o filme se desenrola em distintos enredos, que andam em paralelo, e o interessante é justamente essa ligação, graças a internet, de uma forma ou outra, todos estão conectados na rede e entre si.



No longa temos várias histórias de decepção e busca de realização com os meios digitais como protagonistas, como o filho que descobre que a mãe que fugiu com o amante ficou noiva e posto no Facebook, a mãe que monitora todos os passos que a filha dá no mundo online, sendo a própria filha dona de uma conta no Tumblr com fotos ousadas que chocariam o conservadorismo de sua mãe.

Por se tratar de relações entre pais e filhos, o filme é uma grande oportunidade de levar a família ao cinema, e com certeza um bate-papo sobre a internet vai surgir de forma natural.

Talvez essa seja uma das grandes sacadas do filme, a relação dos pais, ou melhor dos adultos, com a internet, em geral todos os exemplos mostrados no filme tem relações próximas como a vida online, porém depois de assistirem o filme, creio que perceberão que em nenhum caso de comportamento dos pais, eles agem, digamos com o habitual, sem levantar bandeiras de certo ou errado aqui.




Do Facebook ao Ashley Madison, toda forma de descoberta online é abordada, por isso o longa é tão fácil assimilado, talvez por isso também ele tenha um pouco de vago, e que apesar dos assuntos atuais, falta um grande desfecho que faça valer irmos ao cinema.

Nenhuma atuação é ruim, porém será difícil achar alguma coisa memorável no filme, talvez pela qualidade dos atores, o espectador fica com um sabor de quero mais, a ideia é boa, tem muito o que se falar sobre o tema, o filme tem várias menções a astronomia e ao nosso lugar no universo, em especial ao astrofísico Carl Sagan, e ao filme 'Pálido Ponto Azul', aliás, assistir a este filme no YouTube antes vai fazer a experiência do longa mais interessante.




O filme é dirigido por Jason Reitman (Amor sem escalas, 2009 / Refém da Paixão, 2013), porém talvez a falta de brilho e clímax que tanto somos acostumados e esperamos no filme, ficaram para depois.

Nota: 6 / 10

Obs1: Adam Sandler fazendo papel dramático, não consigo gostar e nem me acostumar.

Obs2: A adolescência nos EUA é muito mais divertida (e alienada também).

Detalhes:

Título: Men, Women & Children (Original)
Ano produção: 2014
Dirigido por: Jason Reitman
Estreia: 4 de Dezembro de 2014 ( Brasil )  
Duração: 1:59 min

Trailer:




Bônus: 'Pálido Ponto Azul' filme referência do longa-metragem, vale assistir antes de ir pro cinema :)


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Primeiro trailer e imagens do filme “Pan”

Muitas novidades do filme começaram a aparecer na semana passada, e não podemos deixar passar batido, pois parece ser uma obra incrível.


Fãs de Peter Pan terão a chance de revisitar esse clássico com um filme sobre como tudo começou. Sendo assim, não teremos o Capitão Gancho como vilão, e sim o Barba Negra, que será interpretado por Hugh Jackman.

 Trailer:

A história vai mostrar desde a época do nascimento de Peter e o abandono de sua mãe em um orfanato. Nessa instituição ele não se comportar muito bem, é uma criança rebelde e desobediente. Até que um dia ele descobre a carta escrita pela sua mãe, que diz que deseja muito conhecê-lo, mesmo que para isso esteja em outro mundo para que isso aconteça. 
Em certo ponto o grande vilão aparece, Barba Negra, em seu navio voador, e sequestra as crianças do orfanato e as forçam a trabalhar em uma mina na Terra do Nunca (Neverland).

Além de Levi Miller interpretar Pan, o trailer ainda mostra Rooney Mara como a princesa indígena Tiger Lily e uma passagem rápida de Cara Delevingne deslumbrante numa cena subaquática.


Um detalhe importante é que o filme não é produzido pela Disney e sim pela Warner Bross. Com isso, consegue dar outro tratamento estético para a história de Peter Pan.

Confesso que fiquei impressionada com o trailer, principalmente por ser mais uma historia sobre “Neverland”. Porém, o que temos aqui provavelmente encantara muitas pessoas, com o que parece ser um bom roteiro, direção de arte e ótimos atores. Fico apenas receosa com Rooney Mara, apesar de ser uma talentosa atriz, não sei se é a pessoa certa para o papel. Contudo, mesmo no trailer, percebemos a dedicação e esforço de Levi Miller como Peter Pan, assim como da produção, que me faz lembrar o filme “A Invenção de Hugo Cabret” (Hugo, 2011) com toda a magia e encanto envolvidos. 

Nada além do que altas expectativas para “Pan”.

Confira as outras imagens:


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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Documentário sobre Kurt Cobain tem previsão para ser lançado em Janeiro

O eterno frontman no Nirvana tem sua vida e obra detalhados nesse documentário autorizado pela filha do cantor




Que documentários e cinebiografias de grandes estrelas do rock são sempre projetos muito aguardados pelos fãs, isso não é novidade, porém ao saber que o documentário 'Kurt Cobain: Montage Of Heck' teve a colaboração da filha do cantor, Frances Bean Cobain, que vetou a propria mãe, a nada discreta Courtney Love, a curiosidade dos órfãos da banda se aflora, pois como será que a filha que Kurt não conviveu enxerga o pai? Perguntas que nem essas são mais lenha na fogueira desse esperado projeto da HBO.




Dirigido pelo cineasta Brett Morgen (O Show Não Pode Parar, 2002), ele conta, “Em uma certa altura, eu comecei a trabalhar de maneira mais próxima [à filha de Courtney e de Kurt, Frances Bean]”, disse o cineasta. “Concordamos que seria melhor se Courtney não tivesse controle editorial, por ela ser um dos assuntos do filme.” Morgen diz que Courtney “não assistiu ao filme”, cuja data de estreia está programada para janeiro, no festival de Sundance, e será exibido pela HBO norte-americana em 2015, com lançamento internacional – incluindo o Brasil – planejado para o mesmo ano.

Como é o primeiro documentário totalmente autorizado – isto é, feito em colaboração com a família Cobain –, Kurt Cobain: Montage of Heck contará com uma grande quantidade de materiais inéditos.

Além de arquivos, vídeos caseiros, gravações, desenhos, fotografias e diários nunca revelados, o diretor Brett Morgen teve acesso a demos e faixas inéditas de Kurt Cobain. O documentário ainda conta, como não poderia deixar de ser, com diversas canções do Nirvana. Brett Morgen já teve um filme, On the Ropes, indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2000. Ele também dirigiu Crossfire Hurricane (2012), documentário sobre os Rolling Stones, e se destacou por O Show Não Pode Parar (2002) e Chicago 10 (2007), entre outros.




Detalhes:

O documentário ainda não tem trailer oficial .
'Kurt Cobain - Montage of Heck' - previsão lançamento Janeiro/2015 - HBO
Direção: Brett Morgen

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Cinemandoadois #11: Era uma vez em Nova York (The Immigrant, 2014)

Com uma história cheia de emoção de filmes de época, com um final que impressiona "Era uma vez em Nova York" surpreende, mesmo sendo fácil de esquecer.

 


Filme aclamado no festival de Cannes, chega ao Brasil com divulgação e distribuição discretas.
O enredo se passa após a primeira guerra mundial e conta sobre a vida da polonesa Ewa Cybulski (Marion Cotillard). Ela e sua irmã viajam para Nova York em busca de uma nova vida do “sonho americano”. Porém, quando elas chegam ao porto os doutores percebem que a irmã de Ewa, Magda (Angela Sarafyan), está doente e não a deixam desembarcar. Sozinha e sem onde ficar, a polonesa se vê obrigada a aceitar a ajuda do estranho Bruno (Joaquin Phoenix), charmoso, mas sem caráter, acaba forçando Ewa a se prostituir. O filme conta ainda com Jeremy Renner, que interpreta Orlando, um mágico que seduz Ewa.


Dirigido por James Gray (Amantes, 2008) "Era uma vez em Nova York" mostra o sofrimento e as dificuldades universais de tantos imigrantes do pós-guerra. Podemos nos identificar por retratar a vida de muitos dos nossos ancestrais, principais responsáveis por construir o país que vivemos hoje. Essa é a grande magia do filme, compreender os tempos difíceis, em épocas de racionamentos e preconceitos alarmantes, que, por mais que pareça distante, nos faz pensar no mundo atual com as diversas formas de exploração.

A atuação está incrível, com Cotillard interpretando um dos seus melhores papéis no cinema, digno de premiações. Joaquin Phoenix também faz um trabalho majestoso com o psicótico e contraditório personagem Bruno. Os dois formam os pilares mais importantes do filme, na expressão da complexidade humana, que por mais terrível que seja, o personagem de Phoenix por exemplo, conseguimos sentir pena e compaixão, assim como Ewa.

Com essa construção de personagem, que claramente tem a colaboração direta de um talentoso diretor, e os ótimos enquadramentos de cenas emblemáticas, o filme consegue provocar emoções de ódio e pena no telespectador, mas sem exageros.


Contudo, não há como negar a previsibilidade dos acontecimentos, no decorrer do longa Ewa se envolve em relações com desfechos já esperados. Outro fato é que, por mais que todo o filme seja pelos olhos da personagem de Cotillard, não são mostrados tantos fatores históricos da época, além de elucidar apenas um ponto de vista, o que dificulta a imersão do público na ambientação do filme.

Porém, esses fatores não fazem do filme menos sensível e emocionante, pois a vida da imigrante polonesa tem muito conteúdo dramático para oferecer, além da luta e procura pela magia e sonho americano, que na realidade só se transfigura na busca pela sobrevivência, que mais do que simbólico é existencial. 


Nota: 8 / 10

Obs1: Apesar de Marion Cotillard merecer uma indicação ao Oscar pela atuação acredito que não ocorrerá. Vamos aguardar.
Obs2: O New York Film Critics Circle Awards premiou Cotillard pela atuação e Darius Khondji pela fotografia.
Obs3: Este foi o último roteiro de Ric Menello, que morreu de um ataque cardíaco no dia 1 de março de 2013, antes mesmo do filme ser lançado.

Informações Gerais
Diretor: James Gray
Roteiristas: James Gray e Ric Menello
Os usuários do site IMDb deram a nota 6,6 para esta produção.
Os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 88 críticas positivas e 13 negativas para esta produção, o que lhe garante uma aprovação de 87%.

TRAILER: