Baseado no best-seller da irlandesa Cecelia Ahern, livro escrito apenas por cartas e bilhetes, Simplesmente Acontece conta a história de Rosie (Lily Collins) e Alex (Sam Claflin). Eles são amigos de infância e apaixonados um pelo outro, mas incapazes de assumir esse amor. Assim, por conta de desencontros da vida, são impedidos de ficarem juntos. Entre estes impedimentos está uma gravidez não planejada, casamentos, traições e distância.
Nisso já temos quase um Harry e Sally modernos.
Harry e Sally é um clássico de 1989, sobre o amor na amizade, a paixão quando há apenas amigos. Assim, por mais que Simplesmente Acontece tivesse tudo para ser mais uma comédia romântica clichê, sem nada de original, ou até mesmo uma cópia de Harry e Sally, ou de Amizade Colorida, não é, o filme consegue encantar com adição de elementos da atualidade, dinamismo e desenvolvimento de personagens. O resultado não é inovador, mas não decepciona.
Lily Collins (Espelho, Espelho Meu, 2012) está adorável como a romântica e valente Rosie, com ainda poucos trabalhos cinematográficos em seu currículo, a atriz, já é a queridinha da Inglaterra, e entrega uma sincera e majestosa atuação. Sam Claflin (Jogos Vorazes, 2013-2015) também está encantador, com um olhar melancólico que quer dizer mais do que as palavras ditas. O importante é que op casal funciona, tem uma ligação que prende o público até o final dos 102 minutos.
Porém, o filme peca muito na passagem de tempo, passam, mais ou menos, 25 anos, e os personagens não mudam a aparência, com exceção de patéticos cortes de cabelo e roupas, eles estão iguais, faltou o trabalho da maquiagem e dos efeitos visuais, pois não fica a sensação da passagem dos anos.
Outro ponto fraco do longa são as cenas completamente desnecessárias e nem ao menos cômicas. Como a cena em que eles são jogados em uma piscina no meio de uma festa, a cena só foi usada para fortalecer a ideia de que eles estão apaixonados um pelo outro, o que já havia sido feitos em outras cinco partes anteriores.
Acredito que quem leu o livro irá se decepcionar um pouco, pois a história do livro é toda contada via bilhetes, e-mails, cartas e mensagens, e no filme não há cartas o suficiente para entrelaçar todo o enredo e fazer justiça com a obra do livro, o que foi uma oportunidade perdida de ser um filme mais criativo.
Ainda assim, os protagonistas e o clima com o jogo de luz em tons pastéis, conseguiram criar uma boa experiência, fácil de se identificar e emocionar, entre amores, amizades e muitas personagens secundárias loiras.
Nota: 7,5 / 10
Informações Gerais
Direção: Christian Ditter
Roteiro: Juliette Towhidi e Cecelia Ahern
Os usuários do site IMDB deram nota média de 7,3 / 10
A opinião de especialistas do site Rotten Tomatoes deram 27% de aprovação, enquanto os usuários deram a nota média de 3,6 / 5
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