Tris volta com Insurgente, mostrando que a história ainda tem muito a oferecer.
A atenção desde início da série Divergente foi com certo pesar, principalmente pelas semelhanças com o sucesso Jogos Vorazes. Nesse sentido Verônica Roth foi mais uma marqueteira do que certamente uma escritora. Afinal são duas adaptações de trilogia de livros, para jovens adultos, em um futuro pós-apocalíptico com garotas fortes como protagonistas.
Contudo o segundo filme da trilogia de livros surge com digna qualidade, mostrando que tem mais a mostrar, foge das comparações com uma obra mais inusitada.
Em Insurgente a heroína de 16 anos Beatrice "Tris" Prior (Shailene Woodley), seu namorado Four (Theo James), seu irmão Caleb e Peter (Miles Teller) estão sendo procurados pelos militares comandados pela ditadora Jeanine (Kate Winslet) e se refugiam na facção Amizade, com a ajuda de Johanna (Octavia Spencer). Contudo, eles são encontrados e obrigados a fugir em busca dos outros membros da Audácia para conseguir reforços na guerra contra os que estão no poder.
Com isso, Tris precisa confrontar seus medos, arrependimentos, seu sentimento de culpa, pelas suas ações do filme passado, e até mesmo se sacrificar para conseguir vencer Jeanine e garantir sua sobrevivência.
A surpresa aqui é mais agradável do que Divergente, com dinamismo exagerado e ótimas cenas de batalhas. Percebemos uma Shailene mais madura e experiente, que se sobressai como a protagonista forte e única do filme, destaque para a cena em que ela recebe o soro da verdade e precisa revelar seus mais profundos segredos.
Contudo, não há outras boas atuações, Ansel Elgort como Caleb está mediano e insuficiente como único laço familiar de Tris, fica até confuso entender a existência do personagem. Theo James também não satisfaz, nem mesmo com o uso de seu olhar e boca sedutora, a atuação poderia ter entregado mais, já que é um dos personagens mais complexos da trama.
Ainda assim tem muito dinamismo, no filme há menos cenas amorosas e mais combate, o que é bastante positivo, já que o casal principal não convence. Aliás, as cenas de ação são boas, principalmente nas que Tris briga com ela mesma, com bastante uso de CGI e cortes rápidos.
Porém, difícil não citar os comportamentos e acontecimentos sem sentido que compõe embates desnecessários para o desfecho, com evidencia em Peter (Miles Teller) que muda as suas ações, por provável comodismo da continuação.
Algumas pessoas que leram a trilogia comentam que esse segundo filme inseriu muitas partes que não contém no livro e tirou também, mas o cinema tem liberdade para fazer isso, por ser uma adaptação e não uma cópia fiel.
Dessa forma, o resultado foi de uma interessante produção e um entretenimento eficaz, que irá agradar a grande maioria do público-alvo.
Nota: 7 / 10
Informações Gerais
Direção: Robert Schwentke
Roteiristas: Akiva Goldsman, Brian Duffield e Mark Bomback
Os usuários do site IMDB deram nota média de 7 / 10
No Rotten Tomatoes, da crítica especializada, 48 foram positivas e 105 foram negativas resultando em apenas 31% de aprovação.
Obs1: Diferente do primeiro filme, Insurgente foi filmado em Atlanta, ao invés de Chicago.
Obs2: O diretor Robert Schwentke irá dirigir a continuação, Convergente parte 1.
Obs3: Depois de cortar o cabelo para o papel de Hazel Grace em “A Culpa é das Estrelas”, Shailene Woodley decidiu que não queria usar peruca em Insurgente. No livro, Tris não corta o cabelo tão curto quanto visto no filme.
Obs4: Nas bilheterias do Brasil a estreia de Insurgente foi duas vezes melhor que Divergente.
Estória é fraca, um lixo. Depois querem comparar isso com Jogos Vorazes. Cade o conceito disso? Um bando de fugitivo de uma mulher que poderia ter morrido facilmente no primeiro filme? Por que tenho que continuar assistindo? Não tem nenhuma meta, algo que me faça continuar seguindo a personagem. Não tem nada curioso. Podia ter sido uma boa historia. Podia.
ResponderExcluirÉ não vi o filme e estou opinando sem ter visto, obrigado pela oportunidade.
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