A humanidade sempre buscou fórmulas mágicas de
rejuvenescimento, na utopia da eternidade jovem. Mas, nesse filme, notamos que
envelhecer pode ter muitas desvantagens, até mesmo para a deslumbrante Blake
Lively.
O drama do amor exasperado é o que mais se espera de um conto
de fadas. Em “A Incrível História de Adaline” o sentimentalismo é a consequência
das ações como foco principal do filme. Ainda assim, com os interessantes
recursos visuais, o enredo se desenvolve de forma envolvente, sem perder a
atenção do público, mesmo com exageros, fantasias e incoerências.
Adaline (Blake Lively, de ‘Selvagens’, ‘Gossip Girl’) sofre
um acidente de carro aos 27 anos, numa noite de chuva, e o tempo, para ela,
como num passe de mágica, simplesmente não passa mais. Por conta disso ela vive
uma existência solitária, nunca se permitindo ficar próxima de alguém para não
ter seu segredo revelado. Mas um encontro inesperado com o carismático
filantropo Ellis Jones (Michiel Huisman, de ‘Game of Thrones’) desperta sua
paixão pela vida. No entanto, o primeiro final de semana com os pais de Ellis
(Harrison Ford e Kathy Baker) pode ameaçar o seu segredo, já que o pai do
namorado é antigo conhecido de Adaline.
Envolvido em uma ambientação que beira ao mágico, o filme
surpreende pelas belíssimas e elegantes cenas. Todos os elementos visuais,
figurino, coloração, fotografia, integram de forma competente, e, com isso,
passam a serenidade de uma obra leve que se basta em ser cativante para
entreter o telespectador.
Blake Lively, além de deslumbrante, entrega uma atuação
consistente, a melhor já feita por ela até agora, interpreta uma Adaline interessante,
misteriosa e encantadora. Destaque também para Harrison Ford, em uma de suas
melhores fases, revitaliza o filme interpretando o sentimental William Jones.
Porém, a história, na tentativa de misturar fábula com o
real, não convence, busca na incoerência o destino para seus personagens, em que não
há um grande desafio para a protagonista, toda a intensidade perante seus
problemas causa a impressão exagerada demais do roteiro.
Além disso, o diretor Lee Toland Krieger (Celeste e Jesse
para Sempre) adiciona narrações para dar explicações totalmente desnecessárias,
principalmente quando tenta passar informações cientificas para esclarecer o
motivo da protagonista não envelhecer. Com isso, subestima o público, ao
pretender cobrir lacunas.
Contudo, a “história incrível” funciona com uma premissa leve
e boas atuações, mas, para aproveitar é necessário deixar o ceticismo um pouco de lado.
Nota: 6 / 10
Informações Gerais
Direção: Lee
Toland Krieger
Roteiristas:
J. Mills Goodloe e Salvador Paskowitz
Gênero:
Romance, Fantasia
Distribuidora:
Diamond Filmes
No site
Rotten Tomatoes o filme teve uma aprovação de 57%, com 67 críticas positivas e
58 negativas.
No site IMDB
a média das notas dos usuários é de 7,3 / 10
Obs1.: Natalie Portman e Katherine Heigl foram cotadas para
viver a protagonista Adeline, mas Blake Lively acabou ficando com o papel.
Obs2.: Este é o primeiro papel principal de Michiel Huisman
em um filme americano.
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