quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Resenhandoadois: A Incrível História de Adaline (The Age of Adaline, 2015)

A humanidade sempre buscou fórmulas mágicas de rejuvenescimento, na utopia da eternidade jovem. Mas, nesse filme, notamos que envelhecer pode ter muitas desvantagens, até mesmo para a deslumbrante Blake Lively.



O drama do amor exasperado é o que mais se espera de um conto de fadas. Em “A Incrível História de Adaline” o sentimentalismo é a consequência das ações como foco principal do filme. Ainda assim, com os interessantes recursos visuais, o enredo se desenvolve de forma envolvente, sem perder a atenção do público, mesmo com exageros, fantasias e incoerências.

Adaline (Blake Lively, de ‘Selvagens’, ‘Gossip Girl’) sofre um acidente de carro aos 27 anos, numa noite de chuva, e o tempo, para ela, como num passe de mágica, simplesmente não passa mais. Por conta disso ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo ficar próxima de alguém para não ter seu segredo revelado. Mas um encontro inesperado com o carismático filantropo Ellis Jones (Michiel Huisman, de ‘Game of Thrones’) desperta sua paixão pela vida. No entanto, o primeiro final de semana com os pais de Ellis (Harrison Ford e Kathy Baker) pode ameaçar o seu segredo, já que o pai do namorado é antigo conhecido de Adaline.


Envolvido em uma ambientação que beira ao mágico, o filme surpreende pelas belíssimas e elegantes cenas. Todos os elementos visuais, figurino, coloração, fotografia, integram de forma competente, e, com isso, passam a serenidade de uma obra leve que se basta em ser cativante para entreter o telespectador.
Blake Lively, além de deslumbrante, entrega uma atuação consistente, a melhor já feita por ela até agora, interpreta uma Adaline interessante, misteriosa e encantadora. Destaque também para Harrison Ford, em uma de suas melhores fases, revitaliza o filme interpretando o sentimental William Jones.

Porém, a história, na tentativa de misturar fábula com o real, não convence, busca na incoerência o destino para seus personagens, em que não há um grande desafio para a protagonista, toda a intensidade perante seus problemas causa a impressão exagerada demais do roteiro.
Além disso, o diretor Lee Toland Krieger (Celeste e Jesse para Sempre) adiciona narrações para dar explicações totalmente desnecessárias, principalmente quando tenta passar informações cientificas para esclarecer o motivo da protagonista não envelhecer. Com isso, subestima o público, ao pretender cobrir lacunas.

Contudo, a “história incrível” funciona com uma premissa leve e boas atuações, mas, para aproveitar é necessário deixar o ceticismo um pouco de lado.



Nota: 6 / 10



Informações Gerais
Direção: Lee Toland Krieger
Roteiristas: J. Mills Goodloe e Salvador Paskowitz
Gênero: Romance, Fantasia
Distribuidora: Diamond Filmes
No site Rotten Tomatoes o filme teve uma aprovação de 57%, com 67 críticas positivas e 58 negativas.
No site IMDB a média das notas dos usuários é de 7,3 / 10

Obs1.: Natalie Portman e Katherine Heigl foram cotadas para viver a protagonista Adeline, mas Blake Lively acabou ficando com o papel.
Obs2.: Este é o primeiro papel principal de Michiel Huisman em um filme americano.



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