quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Book VS Movie: Jogos Vorazes – A Esperança – Final (2015)


Sem dúvidas a trilogia de Jogos Vorazes é um grande sucesso, manteve-se por 130 semanas consecutivas na prestigiada lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, e também permaneceu no topo do ranking do USA Today e da revista Publisher’s Weekly. Além disso iniciou uma tendência no mundo entretenimento, de distopias em que jovens mulheres lideram um grupo de pessoas na luta pela liberdade.

Na literatura encontramos diversos exemplos com histórias parecidas da feita por Suzanne Collins, algumas até de fantasias, como “Divergente” (que também foi parar nas telonas), “Trono de Vidro”, “Sombra e Ossos”, “Rainha Vermelha” e entre outros.


LIVRO



Não há como negar o enorme sucesso da saga de Katniss Everdeen, ainda que o livro tenha algumas falhas, como a carência de detalhes e o foco exagerado no romance, a história de Panem encanta muitas pessoas pelos motivos certos, é instigante e nos faz questionar sobre nosso próprio mundo.

Katniss conseguiu sair da arena pela segunda vez, mas, mesmo assim, ainda não está a salvo. A Capital está irritada e quer vingança e, por isso, inicia uma represália a toda a população. A trama é tanto violenta quanto psicológica, é a reflexão e a ação no mesmo livro, sem deixar muito espaço para triângulos amorosos, o que é bastante positivo para o contexto e o desenvolvimento da protagonista.

“A Esperança” é o livro mais complexo da trilogia, consegue mostrar uma heroína verossímil, que sente cada morte executada, a cada devastação ocorrida, mostra o preço de ser responsável em ser a grande influência de uma revolução.

Assim, compreendemos os acontecimentos e as consequências que acontecem no livro final, principalmente o fato de Katniss se deixar amar, quase que passivamente na eventos finais.

FILME


O principal erro dos dois últimos filmes foi TER dois últimos filmes, enquanto deveria ter tido apenas um. Dividir um livro, não muito extenso, em duas partes ameaçou a qualidade da obra, que não possui partes distintas o bastantes para serem divididas, os acontecimentos do livro são relacionados, não existe parte 1 e parte 2. Mas, o sucesso também traz desvantagens, a ganância foi maior.

Ainda assim, o filme final é competente em focar na batalha contra a opressão, em cenas incríveis de luta, com um bom trabalho na direção de arte e fotografia, destaque para as cenas das armadilhas mortais, tanto a dos escombros quanto a do subsolo.

Enquanto o livro se equilibra entre emoção e ação o filme se foca mais na violência e luta, com cenas intensas que não deixam espaço para sensações.

Acho que a intenção no final das contas era essa, mostrar um filme tenso para justifica uma heroína que se sente sem realizações. Não há um final feliz, nem na telona nem no livro, mas nos dois casos fica a esperança de haver um dia.

VEREDITO

Apesar de o filme ser mais intenso e pesado, na luta e no sofrimento, o desenvolvimento dos personagens está melhor caracterizado no livro por Suzanne Collins.


Sendo assim, o livro é melhor que o filme.


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