segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Resenhando - Joy: O Nome do Sucesso (Joy, 2015)

Joy Mangano é uma empresária que inventou o esfregão “Miracle Mop”, na década de 90, e hoje faz fortunas com outros inventos. Mas, quem se depara com seu sucesso hoje não sabe as imensas dificuldades de ser quem é. 

A sociedade americana, como boa capitalista, é fascinada pela trajetória das pessoas que “fazem por ser”, indivíduos que vem do nada e com alguma sorte constroem fortunas. A diferença em “Joy” é que temos uma mulher lutando para ter reconhecimento e sucesso, isso nos anos 90. 


Joy é a filha mais nova e mora na casa da família depois que seu casamento acabou. Tem dois filhos pequenos e seu ex-marido é um cantor sem emprego que mora no porão da casa. Dentro da casa ela é a dona, quem conserta, limpa e organiza a vida de todos.
Até que Joy tem uma ideia revolucionária, o tal esfregão, e toda a família entra no negócio. 

Sem dúvida a história de Joy é emocionante, todos os desafios, perrengues e imensas dívidas que ela teve que lidar é de se inspirar. Contudo, ainda assim, é apenas mais um caminho de superação no mundo dos negócios, sem dramas secundários de machistas ou da dificuldade da mulher de buscar a igualdade de gênero. 

Confesso que não sou super fã da Jennifer Lawrence. Mas, nesse caso não tem como negar, o destaque principal vai para a atuação da atriz, que, mais uma vez, na pele da protagonista dá um show de atuação em se colocar como uma mulher mais velha, que carrega a família inteira sozinha. Não há muitas outras surpresas na interpretação dos outros personagens, não que isso seja negativo, já que toda a atenção está especialmente em Joy.

Porém, falta originalidade na direção de David O. Russell, algumas vezes parece que a personagem tá sonhando o tempo todo, ou que falta alguma cena na continuação do filme, o que acaba deixando o público desinteressado conforme chegamos ao final da sessão. Disso percebemos que o diretor adotou um estilo novelesco para guiar o filme, o que se faz contraditório em se tratando de uma mulher batalhadora, que luta, sem desistir, pelo seu sucesso em um ambiente tão inóspito. 

Além disso, “Joy” é apresentado com uma narração totalmente desnecessária da avó vivida por Diane Ladd, que não acompanha até o final do filme e parece ser um recurso usado na tentativa de ser um filme biográfico “diferentão”.


Apesar de tudo o filme é um entretenimento leve, que pode agradar os telespectadores que buscam uma história contada de forma mais convencional, com a vantagem da ótima atuação de Jennifer Lawrence e a aparição breve de Bradley Cooper, ainda que o longa fique em último lugar se comparado aos outros filmes de Russell. 

NOTA: 7 / 10




Informações Gerais
Roteiristas: David O. Russell e Annie Mumolo
A nota média dos usuários do site IMDB foi de 6.7/10
Das críticas especializadas do site Rotten Tomatoes o filme teve 60% de aprovação.

_________________@cinemandoadois

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