Johnny Depp está oficialmente de volta!
Talvez seja meio exagero dizer que Depp pode até ganhar o Oscar, porém de fato é um ressurgimento que aguardávamos do ator. Depois de seguidos fracassos, como "Transcendence", "Mortdecai", e o filme do índio "O Cavaleiro Maluco Solitário", parece que o velho Depp, de "Inimigos Públicos" voltou a boa forma.
Sem usar de trejeitos ou fazer o mesmo personagem disfarçado cheio de esteriótipos, como em Piratas do Caribe, temos a chance de ver uma inspirada e madura atuação de um excelente ator.
A trama de "Aliança do Crime" conta a história do gangster Whitney Bulger, que se alia ao FBI como informante, no intuito de prender uma gangue italiana rival, Depp protagoniza um fato real do crime em Nova York nas décadas de 80 e 90, quando as gangues e os subornos constantes fizeram que a agência de segurança americana buscasse em determinados criminosos a chance de obter mais informação sobre outros, segundo o qual ela julga serem mais ofensivos.
O avanço interessante do filme se concretiza na aliança entre Bulger (Depp) e o agente do FBI John Connolly (Joel Edgerton), que crescidos no mesmo bairro, fazem uma nada convencional parceria, no intuito de limpar as ruas do bairro, o que na verdade vai se figurando mesmo no tradicional, "antes no meu bolso, que no deles", no caso a máfia italiana.
Outro papel de destaque é o senador e irmão de Whitney, Billy Bulger (Benedict Cumberbatch), que realiza um bom trabalho, sem ser forçado, entre o equilibrado político e ao mesmo tempo irmão de um grande criminoso. Imagine o que é ser um senador com um irmão criminoso?
A atuação de Depp é sem dúvida o ponto chave do filme, a caracterização pouco habitual aos papéis recentes do ator.
Contudo, o diretor Scott Cooper (Coração Louco, 2009) é discreto até demais em cenas que precisariam de uma carga emocional maior, ainda que o estilo menos intenso traga o lado mais intimista dos personagens.
O roteiro de Mark Mallouk e Jez Butterworth, baseado no livro dos repórteres do jornal Boston GlobeDick Lehr e Gerard O'Neill, que descobriram a colaboração entre Jimmy Bulger e o FBI, poderia ser mais reduzido, tirando cenas desnecessárias na hora de incluir os personagens e fatos. Assim, o filme não é nenhuma obra prima, mas ainda assim vale a pena.
Contudo, o diretor Scott Cooper (Coração Louco, 2009) é discreto até demais em cenas que precisariam de uma carga emocional maior, ainda que o estilo menos intenso traga o lado mais intimista dos personagens.
O roteiro de Mark Mallouk e Jez Butterworth, baseado no livro dos repórteres do jornal Boston GlobeDick Lehr e Gerard O'Neill, que descobriram a colaboração entre Jimmy Bulger e o FBI, poderia ser mais reduzido, tirando cenas desnecessárias na hora de incluir os personagens e fatos. Assim, o filme não é nenhuma obra prima, mas ainda assim vale a pena.
O filme é muito indicado para aqueles assim como eu, órfãos de "O Poderoso Chefão" e os grandes filmes sobre a máfia, intriga, diverte e tem em suas barbaridades justamente o que fazem nos apaixonarmos pelo valores deturpados do antagonista.
Nota: 8/10
Informações Gerais
Diretor: Scott Cooper
No site IMDB a opinião dos usuários teve uma média de 7,2 / 10
No Rotten Tomatoes, na opinião especializada, o filme teve 75% de aprovação
Curiosidades
1. A palavra “fuck” é falada 254 vezes no decorrer do filme
2. A maioria das cenas de assassinato foram gravadas onde a tragédia realmente ocorreu.
3. Em entrevista o diretor disse:“Eu não queria fazer um filme sobre criminosos que tinham um lado humano,” disse Cooper. “Eu queria fazer um filme sobre seres humanos que ocasionalmente eram criminosos.”
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