Com esse filme Robert Downey Junior mostra que é muito mais do que O Homem de Ferro.
Esse drama familiar conta a história do grande advogado de Chicago Hank Palmer (Robert Downey Jr.), que precisa retornar para sua cidade natal por conta do recente falecimento de sua mãe, e onde seu distante pai é o juiz (Robert Duvall).
Ele decide alongar sua estadia na cidade após descobri que seu pai está sendo acusado de assassinato. Hank terá que lidar e enfrentar o seu passado e, principalmente, seu conturbado relacionamento com o pai.
O diretor é David Dobkin, conhecido por muitas comédias românticas, como Penetras bons de bico (Wedding Crashers, 2005) e Eu queria ter a sua vida (Change-up, 2011), é o primeiro filme mais dramático que ele dirige e consegue fazer um trabalho razoável.
O Juiz tem uma trama interessante, que emociona e que prende a atenção do público. Além disso, consegue fazer boas transições entre o drama e a comédia sem deixar que o filme fique pesado demais e tenha o alívio cômico. Porém, não mostra nada de novo.
Os filmes e séries americanas adoram um enredos em salas de acusação, tribunais com advogados e, ainda, que envolva relações interpessoais complexas. Claro que cada um tem suas diferenças, mas não podemos deixar de notar que a fórmula é a mesma.
Entretanto, o Juiz tem o destaque principal nas grandes atuações. Com o maior destaque para Robert Duvall (Apocalypse Now e The Godfather), ele faz um trabalho brilhante como o Juiz, é o personagem mais interessante da trama, com ênfase para a cena de confronto com o filho no tribunal, que, na minha opinião, foi a melhor do filme.
Mas, não apenas Duvall, todos os personagens estão incrivelmente bem trabalhados, até mesmo Vera Farmiga, que interpreta uma pessoa um pouco diferente da que está acostumada a fazer.
Ainda que os atores colaboram na qualidade cinematográfica, o roteiro não ajuda muito. Com cenas desnecessárias, o longa se estende por quase 2h30min. Até acho que poderia ser cortada uma grande parte do final. Dessa forma, a emoção espontânea do público parece quase que forçada em arrastados conflitos secundários, como por exemplo a relação com a filha, que é até interessante, mas pouco explorada, por conta de outras relações desenvolvidas.
Enfim, mesmo com o drama clichê, o filme vale a pena, pela boa atuação e com uma história central tocante. No final percebemos que se trata apenas de uma família tentando salvar o patriarca. Difícil não se emocionar.
Nota: 7 / 10
Informações gerais
Os usuários do IMDB deu uma nota média de 7,8/10 – nota muito boa considerando as classificações do site.
No Rotten Tomatoes o filme teve uma aprovação de 47% e uma nota média dos usuários de 4/5.
As excelentes performances, a trama no início pode parecer um pouco perdido, mas está tomando um ritmo encantador, para quem nós gostamos as histórias profundas The Judge é perfeito, eu acho que foi um bom trabalho, simples, mas conciso.
ResponderExcluir