quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Uma ideia original e o longa 'Boyhood' vem pra fazer rir e chorar

Filme gravado em doze anos estreia quase como um possível clássico contemporâneo


Quando vemos todos os trabalhos do diretor de Boyhood, Richard Linklater notamos que possuem influências pop-rock muito fortes,  "Jovens, loucos e rebeldes" (1993) teve o tema glam e hard rock dos anos 70; e "Escola do rock" (2003) só existe por conta dos clássicos do estilo.
"Boyhood: Da infância à juventude" estreia nesta quinta-feira (30) no Brasil e a trilha sonora, mais uma vez, é como se fosse um personagem do filme. 



Personagem esse importantíssimo pois funciona como termômetro para acompanharmos a evolução no tempo do protagonista, como uma ideia inovadora, ao longo de doze anos o diretor filmou com o ator Ellar Coltrane um longa simples e lindíssimo sobre a evolução na vida de um garoto, das primeiras experiências com videogames, as primeiras revistas de mulheres nuas, da descoberta do amor, a formação do caráter. O filme acompanha todas as fases desta evolução.



As cenas parecem reais: um desavisado pode pensar que se trata de um documentário. O roteiro é mais do que simples: não espere grandes reviravoltas, revelações. Tudo bem.  O que é importante na vida de um garoto está lá: desencontros, games, revistas de mulheres usando sutiãs, irmãs às vezes meio chatinhas e a sensação de estar no lugar errado.

Da trilha sonora, a fotografia simples e deslumbrante, 'Boyhood' vem resgatar em nós que o mais belo da vida, é o simples ato de viver, e envelhecer, e se encantar com a vida.




O filme tem avaliação 8,7 no IMDB

Trailer:



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Novidades do novo filme da Disney "Caminho da Floresta"

Falta pouco para estrear o novo filme da Disney, Caminho da Floresta (Into the Woods), e as novidades não param de chegar.

Dirigido por Rob Marshall (Chicago), a trama segue a trajetória de um padeiro e sua esposa que, sonhando em ter filhos, aventuram na floresta na tentativa de desfazer uma antiga maldição familiar. Ao longo da história, o casal encontra vários personagens dos contos de fadas clássicos, como Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, Cinderela e o João do pé de feijão, que estão em apuros por causa de uma bruxa. 

O filme é baseado na versão musical de mesmo nome, de Stephen Sondheim. Esta é a terceira vez que se tenta adaptar o musical da Broadway “Into the Woods” para o cinema, a primeira foi em 1994.

O site JustJared divulgou as primeiras imagens da versão musical. O filme é estrelado por Meryl Streep (A Dama de Ferro), Johnny Depp (Alice no País das Maravilhas), Emily Blunt (A Jovem Rainha Victoria), Christine Baranski (da série The Good Wife), Chris Pine (“Star Trek“) e Jake Gyllenhaal (Contra o Tempo). 

Veja as fotos:






É o 2º filme em que o diretor Rob Marshall e o astro Johnny Depp trabalham juntos. O anterior foi Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (2011).

“Caminhos da Floresta” já ganhou quatro capas divulgadas pela revista Entertainment Weekly. Entre os destaques estão Johnny Depp na pele do lobo mau e Meryl Streep como bruxa.





“Já me ofereceram muitas bruxas ao longo dos anos, sempre recusei. Mas isso foi muito divertido, porque foi feito com a noção do que as bruxas querem dizer. Elas representavam a idade, a feiura e poderes assustadores que não entendemos”, disse Streep à revista.

Confira o mais novo video do filme:



O longa tem estreia programada para o dia 1º de janeiro de 2015.


Essa é uma incrível oportunidade de ver todos esses incríveis atores juntos e ainda cantando, ou seja, estou ansiosa para esse filme.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Mês do Horror: Annabelle, 2014 (crítica)

Annabelle conseguiu provar o que eu já temia: a maldição da continuação.



 

Sei que Annabelle não pode ser considerada uma continuação de Invocação do Mal, mas, sem dúvida, é um filme que se aproveitou do sucesso e elogios do primeiro para realizar esse spin-off.
O produtor James Wan e o diretor John R. Leonetti (Mortal Kombat: Annihilation e O Efeito Borboleta 2) foram muito espertos na ideia do filme, a volta do brinquedo assustador já funcionou antes e ainda traz resultados. 
Annabelle faturou 7,7 milhões de reais, apenas no Brasil e no segundo final de semana em cartaz. Sem contar que o longa já faturou 150 milhões de dólares ao redor do mundo.




 Contudo, os números são inversos à qualidade de Annabelle. 

A trama gira em torno do casal Mia e John, tipicamente americano e feliz, a mulher (Annabelle Wallis) está gravida e como presente o marido (Ward Horton) lhe dá a boneca demoníaca. John é um médico muito ocupado e quase sempre está ausente, com isso Mia fica sozinha com uma filha recém-nascida e a boneca maligna em casa, a partir disso começa a acontecer coisas estranhas na casa.


O filme tem vários problemas, para começar o início da história é arrastado, ficamos mais de 30 minutos esperando algum clímax, ou a ação da boneca. Outro ponto negativo é a confusão de personagens mal desenvolvidos, como o casal principal, pela falta de informações sobre eles, tornam-se apáticos, além de outros que vão surgindo sem necessidade.
Como já foi citado na crítica de Invocação do Mal, Annabelle existiu, e o que se esperava desse spin-off era uma história que contasse a sua origem, com pelo menos características do que aconteceu. Porém, não é isso que ocorre, o diretor preferiu inserir exageros forçados e uma boneca de aparência terrível (com uma boneca com uma cara dessas é óbvio que algo de ruim iria acontecer, antes tivessem utilizado a verdadeira de pano, com uma aparência mais comum).


 
O que pode ser destacado positivamente no filme é a parte do elevador, que é aterrorizante e consegue colocar medo e angústia no telespectador, com um clima de suspense e terror que deveria ter permanecido em todo o filme.  Mas, é a única, nem mesmo a cena final consegue salvar o filme.

Obs1: a atriz principal tem o mesmo nome da boneca! Isso sim é assustador!

Obs2: o filme tenta se parecer em muito com “O Bebe de Rosemary”, do consagrado Roman Polanski. Como por exemplo, o casal principal usam os nomes dos atores que interpretaram o casal em O Bebê de Rosemary: Mia Farrow e John Cassavetes e em ambos os filmes há uma personagem que morre caindo da janela.

Nota: 4 / 10

Informações gerais

No Rotten Tomatoes o filme tem uma “aprovação” de 31%, com um média de 3,1 / 5 dada pelos usuários do site.
No IMDB os usuários do site deram nota média de 5,8 / 10

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Cinemandoadois #4: O Juiz (The Judge, 2014)

Com esse filme Robert Downey Junior mostra que é muito mais do que O Homem de Ferro.


Esse drama familiar conta a história do grande advogado de Chicago Hank Palmer (Robert Downey Jr.), que precisa retornar para sua cidade natal por conta do recente falecimento de sua mãe, e onde seu distante pai é o juiz (Robert Duvall). 
Ele decide alongar sua estadia na cidade após descobri que seu pai está sendo acusado de assassinato. Hank terá que lidar e enfrentar o seu passado e, principalmente, seu conturbado relacionamento com o pai.

 O diretor é David Dobkin, conhecido por muitas comédias românticas, como Penetras bons de bico (Wedding Crashers, 2005) e Eu queria ter a sua vida (Change-up, 2011), é o primeiro filme mais dramático que ele dirige e consegue fazer um trabalho razoável.

O Juiz tem uma trama interessante, que emociona e que prende a atenção do público. Além disso, consegue fazer boas transições entre o drama e a comédia sem deixar que o filme fique pesado demais e tenha o alívio cômico. Porém, não mostra nada de novo.

Os filmes e séries americanas adoram um enredos em salas de acusação, tribunais com advogados e, ainda, que envolva relações interpessoais complexas. Claro que cada um tem suas diferenças, mas não podemos deixar de notar que a fórmula é a mesma.

Entretanto, o Juiz tem o destaque principal nas grandes atuações. Com o maior destaque para Robert Duvall (Apocalypse Now e The Godfather), ele faz um trabalho brilhante como o Juiz, é o personagem mais interessante da trama, com ênfase para a cena de confronto com o filho no tribunal, que, na minha opinião, foi a melhor do filme.

Mas, não apenas Duvall, todos os personagens estão incrivelmente bem trabalhados, até mesmo Vera Farmiga, que interpreta uma pessoa um pouco diferente da que está acostumada a fazer.

Ainda que os atores colaboram na qualidade cinematográfica, o roteiro não ajuda muito. Com cenas desnecessárias, o longa se estende por quase 2h30min. Até acho que poderia ser cortada uma grande parte do final. Dessa forma, a emoção espontânea do público parece quase que forçada em arrastados conflitos secundários, como por exemplo a relação com a filha, que é até interessante, mas pouco explorada, por conta de outras relações desenvolvidas.



Enfim, mesmo com o drama clichê, o filme vale a pena, pela boa atuação e com uma história central tocante. No final percebemos que se trata apenas de uma família tentando salvar o patriarca. Difícil não se emocionar.

Nota: 7 / 10



Informações gerais
Os usuários do IMDB deu uma nota média de 7,8/10 – nota muito boa considerando as classificações do site.

No Rotten Tomatoes o filme teve uma aprovação de 47% e uma nota média dos usuários de 4/5.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sin City: A cidade do pecado (2005) A dama fatal (2014)


A ideia original de Sin City iniciou em 1991, pelo talentoso Frank Miller.
A série de histórias em quadrinhos era publicada pela revista “Dark Horse Presents” e foi dividida em 13 episódios, em formato de film noir.
 
A cidade do pecado, título do primeiro filme lançado, é o começo de tudo.
O filme poderia ter ficado apenas com a trama de Marv, um ex-presidiário com sérios problemas psicológicos. Ele conhece a prostituta Goldie, apaixona, ela é assassinada, pronto, temos uma história.

Porém, o longa metragem de Robert Rodriguez vai além disso. Ele realiza um filme com múltiplos contos. Tem a história de Marv, já citado, interpretado incrivelmente por Mickey Rourke, que faz de tudo para desvendar e vingar a morte da mulher que ele conheceu por uma noite. Há também o personagem Dwight (Clive Owen), um fotógrafo que se envolve em ajudar um grupo de garotas que estão com problemas com Jackie Boy (Benicio Del Toro), um policial corrupto. E finalmente a história de Hartigan (Bruce Willis), um ex-policial que, por conflitos do passado, tenta proteger uma stripper chamada Nancy (Jessica Alba).
Enfim, é um longa com vários contos que possuem algumas semelhanças, para começar todos estão situados na mesma cidade, Basin City. Todas as histórias envolvem muita morte, sangue, sofrimento. Além disso, todo o filme é envolto num tom de anti-herói, com tramas de soluções inverossímeis, como o personagem Marv, que possui uma força irreal. Porém, por se tratar de uma adaptação de quadrinhos, para mim, isso é aceitável no contexto.
Contudo, o que mais diferencia o longa é o visual com estilo único na direção de arte, consegue surpreender, principalmente os fãs de quadrinhos, que se deparam com cenas que se parecem tanto com a graphic novel que dá a impressão de que a revista criou vida no cinema. O que colabora muito para esse visual é a grande atuação dos atores, principalmente Mickey Rourke, Bruce Willis e Benicio Del Toro, fizeram um trabalho exemplar.


Nota: 8/10


Informações gerais
Diretor: Robert Rodriguez e Frank Miller
Roteiro: Robert Rodriguez e Frank Miller
Os usuários do site IMDB deram nota média de 8,2 / 10
No Rotten Tomatoes teve aprovação de 78% e os usuários deram em média 3,3 / 5

Sin City: A Dame to Kill for (A Dama Fatal)




A continuação segue o mesmo estilo visual do primeiro filme, o que é positivo, temos já a vantagem de nos depararmos com ótimas imagens.
Porém, a diferença entre esse filme e o outro, além do roteiro em si, esta nas relações dos personagens. Nesse filme as histórias de interligam muito mais do que no filme Cidade do Pecado, e muitas dessas conexões não fazem muito sentido.
Sei que temos que respeitar e dar o aval de liberdade literária, por conta dos quadrinhos, mas no cinema fica estranho, pois algumas tramas não fazem o menor sentido de existirem. Como exemplo a história da Nancy (Jessica Alba) que acaba envolvendo com Marv por puro comodismo para o andamento do roteiro, além da necessidade implícita da continuação.
Pode até ser que nos quadrinhos a história seja essa mesmo, mas a adaptação tem liberdade para colocar alguns detalhes que torne todo o contexto mais verossímil, e isso não foi feito.

Nesse filme Dwight, agora interpretado por Josh Brolin, tem seu confronto final com a mulher dos seus sonhos e pesadelos, Ava (Eva Green). Além dessa, nos deparamos com outras histórias, com a volta de Nancy, Marv e até mesmo Hartigan. 

Porém, a melhor trama, na minha opinião, é a de Johnny (Joseph Gordon Levitt), um jogador que nunca perde e que acaba enfrentando o senador Roark (Powers Boothe). Particularmente, eu adoro as atuações de Joseph Gordon Levitt, por conseguir realizar distintos personagens brilhantemente, e aqui não temos uma exceção. 

Dessa forma, apesar dos problemas de enredo, é um filme que diverte, consegue ser interessante e manter a atenção do público, com um ótimo visual e boas atuações, da fórmula que já deu certo anteriormente.
Afinal, There's only Sin City.

*observação: a atuação de Lady Gaga não adiciona nada, com um pouco mais de 3 falas, ela só participa para atrair mais público, e ainda estampa um dos pôsteres.
 
Confira:


Nota: 6 / 10


Informações gerais
Diretores: Frank Miller e Robert Rodriguez
No site IMDB teve nota media dos usuários de 6,8 / 10
No Rotten Tomatoes o filme tem uma aprovação de 45% e os usuários deram nota média de 3.6 / 5


Trailer
:

domingo, 12 de outubro de 2014

Cinemandoadois #3: Garota Exemplar (Gone Girl)

David Fincher mostra porque tem muita chance de concorrer ao Oscar 2015


Que David Fincher é um gênio do cinema moderno, ninguém há de duvidar, o renomado diretor que leva em seu currículo filmes como O Curioso Caso de Benjamin Button (2008), A Rede Social (2010), Seven (1995), e o já clássico Clube da Luta (1999), dispensa apresentações, mas é com o seu mais recente longa que o mundo aposta que existem reais chances dele ser premiado como Melhor Diretor e sonhar com o prmio de Melhor Filme do ano.

Garota Exemplar (Gone Girl), que estreou este final de semana nos cinemas do país, é uma aula de como filmes ainda podem te surpreender, ainda mais no caso de como eu, que não tinha lido o livro homônimo de Gillian Flynn, e não fazia ideia do que a historia se referia, se você se encaixa nesta categoria também, corra aos cinemas que vale muito a pena. Logo de cara somos apresentados a Nick (Ben Affleck) e Amy (Rosamund Pike), e o filme tem inicio no desaparecimento de Amy, que sem deixar pistas some levando seu marido Nick a ser o principal suspeito de um possível homicídio.



No início do longa Affleck da vida a um personagem apático, quase caricato, confundindo o espectador que vai se convencendo de cada armadilha que Fincher faz para nos guiar no que espera que seja deduzido de toda a verdade da trama. Nick aparenta ser um cara fraco que está preso na imagem de um casamento perfeito com uma mulher que teve a infância surrupiada pelos pais que a transforam em um personagem de sucesso literário quando criança, a Amy Exemplar. Com o passar dos anos e crises no casamento, de divergência de opinião a problemas financeiros, vão afastando o casal, até tornar a relação sombria e um fardo, para ambos. 



Evitando de contar toda a história, e mais uma vez afirmado que o filme é um dos melhores do ano, vem a reviravolta que Fincher armou para nós, quando estamos todos convencidos que Nick tem culpa no desaparecimento de sua esposa, a veia da anti heroína pulsa para fora, e percebemos que Nick ao invés de ser o bandido talvez seja a vitima da história toda. Mas não se engane, o personagem tem uma frase celebre dessas já prontas pra virar camiseta na coleção seguinte, ao afirmar "Não é porque não sou assassino, que eu seja um cara bom".

E isso é o grande segredo da trama, repleto de reviravoltas mostra com uma força incrível, como a mídia e a opinião pública podem ser facilmente manipuladas e questionados de sua veracidade, da mesma forma as relações e os casamentos, os personagens tem entre eles uma reciprocidade que cria a sensação de que o comportamento inadequado de ambos é lugar comum entre eles, por isso é difícil entender se existe um certo ou errado, pois Fincher tenta ao máximo testar a teoria de que em um relacionamento o casal acaba virando a mesma pessoa.


O roteiro surpreende, o ritmo do filme é alucinante e atuações premiadas de Affleck e Pike nos dão convicção de que deve sair alguma estatueta em breve, seja pelas viradas surpreendentes, que até então eram incertas, pois muito foi dito se Fincher iria alterar muito o roteiro, ou seja pela produção impecável do longa é certo que temos um filme forte que merece ser visto. Com duras criticas a cobertura excessiva da mídia que é movimentada por tragedias, e até da formação de caráter e desconstrução de um homem o filme afirma mais uma vez como as mulheres lutam até hoje para se posicionar em um mundo machista em sua essência.

Nota de avaliação: 8,5

Gone Girl 
EUA , 2014 - 149 minutos 
Suspense

Direção: 
David Fincher

Roteiro: 
Gillian Flynn

Elenco: 
Ben Affleck, Rosamund Pike, Kim Dickens, Carrie Coon, Patrick Fugit, Neil Patrick Harris, Emily Ratajkowski, David Clennon, Lisa Banes, Tyler Perry, Missi Pyle, Casey Wilson

Trailer:


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mês do Horror: Invocação do Mal (2013) e Annabelle (2014) – The Conjuring


Não me recordo de um filme de terror tão elogiado nos últimos anos como foi The Conjuring, no Brasil “A Invocação do Mal”.

O filme é inspirado em fatos reais, em que conta a história de Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson, Vera Farmiga), casal conhecido por investigar casos sobrenaturais.
Logo no inicio da trama já nos deparamos com a dupla investigando a história da boneca Annabelle, mas o filme não é sobre isso e sim sobre a família Perron. O casal é chamado para ajudar a família que está sendo aterrorizada por um espírito maligno, em uma antiga casa do campo.
Empenhados a enfrentar uma poderosa entidade demoníaca, eles nos contam o caso mais horrível de suas vidas.

A história real 


Ed Warren e a médium clarividente Lorraine Warren foram durante 50 anos o casal mais famoso do mundo quando o assunto era investigação paranormal. Sua história começa em 1952, quando os dois fundaram o New England Society for Psychic Researchgations (N.E.S.P.R.) e abriram um museu do ocultismo em Monroe, Connecticut.
O caso da família Perron, da fazenda Harrisville, foi um dos mais difíceis enfrentados pelos Warren, a investigação ficou conhecida como Harrisville Haunting (Assombração em Harrisville ou Caso Harrisville) ou Perron Haunting Family (Assombração da Família Perron).
 Roger Perron, sua esposa Carolyn, e suas cinco filhas Andrea (Annie), Nancy, Christine, Cindy, e April sofreram uma década de tortura por parte dos espíritos que ocuparam sua casa de campo.


Quando descobri que o filme era baseado em fatos reais confesso que ele se tornou muito mais interessante e assustador para mim. Porém, não posso tirar o crédito do ritmo e do roteiro, que se mostraram quase que impecáveis para longas desse gênero.
Quem dirige o filme é o experiente James Wan, responsável pelo primeiro “Jogos Mortais (Saw)”. O roteiro é dos irmãos Carey Hayes e Chad Hayes, que fizeram também “Colheita do Mal” e “A Casa de Cera”, eles conseguiram demostrar com esse filme que o gênero terror ainda tem muito espaço criativo para o cinema.
As atuações estão muito boas, além de ter características físicas similares entre as famílias reais e da ficção, os atores fizeram um bom trabalho de pesquisa e estudo para a composição dos personagens, principalmente Patrick Wilson, Vera Farmiga e Lili Taylor.
Porém, a “Invocação do Mal” não traz nada de inovador para filmes do gênero. Ainda assim, mesmo repleto de cenas clichês, consegue aterrorizar com um filme angustiante, que sustenta uma intensa constância de sustos e calafrios por um tempo considerável sem perder a atenção do público, resultando em uma obra assustadora.

O desfecho do filme é muito satisfatório, a história conclui o que deixa entender que não há espaços para uma possível continuação, mas, como sabemos, dificilmente não haverá.
 

Informações Gerais:

Tempo: 1h 32min
No IMDB tem uma classificação media dos usuários de 7,5 / 10
O Rotten Tomatoes avaliou o filme com 86% de aprovação e os usuários deram a nota média de 4 / 5

Assim, como era de se esperar, o roteiro deixou rastros para que um segundo filme exista, o que se concretizou com a estreia Annabelle.
Eu, particularmente, não gosto de continuações de filmes, e não estou muito otimista com essa estreia. Mesmo só assistindo o trailer, que já nos mostra várias cenas previsíveis, sei que dificilmente será tão bom quanto Conjuring. Sobretudo agora que o diretor e roteirista são outros. 

O filme estreia no Brasil hoje, 9 de outubro.

Confira o trailer:


Se quer saber mais sobre a história verdadeira entre nos links: 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Mês do Horror: A morte do demônio (Evil Dead)


Estamos já no mês de outubro, mês de Halloween, ou mês do horror. É de entendimento que não se comemora essa época do ano aqui no nosso Brasil. Mas nós adoramos!
O cinema tem inúmeros filmes sobre esse tema, além de muitos seguidores e estudiosos do gênero.
Para iniciar essa discussão no blog vamos começar com o clássico Evil Dead (A morte do demônio) 1981 e de 2013.


 A trilogia Evil Dead de 1981, ou Noite Alucinante (título brasileiro da época), foi dirigido por Sam Raimi, e se firmou como um grande filme de terror por utilizar técnicas de filmagens e roteiro que influenciou muitos outros diretores que se sucederam.
O restrito orçamento, a câmera nervosa (que é utilizada até nos dias de hoje com filmes como Atividade Paranormal) e os efeitos especiais que o diretor realizou com o pouco recurso que tinha; todas essas características fizeram do primeiro filme de Evil Dead se tornar um incrível e inesperado sucesso.
Muitos dos profissionais de cinema da atualidade se influenciaram com o filme por mostrar, principalmente, que pode se fazer filmes de boa qualidade sem, necessariamente, utilizar de grandes produções.


A trama envolve cinco amigos, que vão passar alguns dias em uma cabana no meio da floresta. Nessa cabana eles encontram o livro dos mortos, e junto dele um gravador antigo que ecoa palavras estranhas e incompreensíveis. Essa descoberta faz com que desperte um tipo de demônio que os deixam em situações horríveis, em que tentarão apenas sobreviver a todos os eventos que sucedem.

O longa usa o estilo “gory” (sangue e nojeiras) com alguns tons de terror ordenados com espaçadas cenas de comédia, algumas propositais outras não. O elenco conta com Bruce Campbell (Ash), Betsy Baker (Linda), Richard DeManincor (Scott), Ellen Sandweiss (Cheryl) e Theresa Tilly (Shelly).

Evil Dead 2013 (A Morte do Demônio)

Três décadas depois nos deparamos com um cenário de filmes de terror já saturados, a originalidade já se tornou rara e os filmes não parecem mais do que reproduções, com cenas em casas abandonadas, ou que envolvem espíritos, zumbis e em alguns casos vampiros.
Com isso, a ideia de refilmar o filme “Evil Dead”, ainda mais com o mesmo roteirista, não me parece surpreendente e sim muito interessante.

O filme, agora feito com mais recursos e investimento, nos mostra uma trama com alguns detalhes distintos do original, como características técnicas e atributos dos personagens. Não possui mais a câmera nervosa, mas mostra um estilo “gory” mais “sofisticado”, com cenas singulares e quase verossímeis, resultados do alto investimento no longa (cera de 54 milhões de dólares).
Contudo, não temos nessa refilmagem as cenas de comédia despretensiosas e até mesmo absurdas do original, com diálogos mais leves, e que aproximavam o espectador. Nesse novo filme só há espaço para o terror brutal, violência e muito sangue.

Dessa forma, o grande diferencial é o tom, o ritmo.
A refilmagem é muito mais chocante e aterrorizante, com sangue vomitado, membros diversos cortados e espatifados, a trama é cheia de cenas intensas e de alta qualidade; o que funciona muito bem e faz do filme um dos melhores de terror dos últimos anos.


Informações Gerais
Diretor: Fede Alvarez
Roteiro: Fede Alvarez e Rodo Sayagues
Tempo: 1hr 31min
Os usuários do IMDB deram em média 6,5 / 10
O Rotten Tomatoes avaliou o filme com 62% de aprovação e os usuários deram 3,5 / 5

Desde quando saiu o remake de “A Morte do Demônio” Sam Raimi tinha a ideia de fazer a continuação do filme. Porém, ele colocou esse projeto de lado para se dedicar a realização do filme Evil Dead 4, baseado na trilogia de 1981. Vamos aguardar.