quinta-feira, 4 de junho de 2015

Cinemandoadois #31: MAD MAX: Estrada da Fúria (MAD MAX: Fury Road)

Um futuro pós-apocalíptico em que ainda se luta pelo feminismo e por direitos iguais.


O primeiro filme surgiu em 1979 com um visual totalmente novo para películas do gênero, que foi copiado ano após ano em filmes como “O Livro de Eli”, por exemplo. Mad MAX ainda teve continuação em outros 2 filmes. 

Agora, após 30 anos, George Miller volta com mais uma primorosa aula de como se fazer filmes de ação. Sem usar de efeitos especiais exagerados e sem limites, sem utilizar a câmera tremida, tão comum atualmente, A Estrada da Fúria prende a atenção de qualquer público do início ao fim.


O filme volta com Max, um ex detetive que perdeu sua família e agora vive num mundo  pós-apocalíptico, desértico e sozinho, lutando contra diferentes tribos na tentativa de sobreviver.
Até que Max é raptado pela tribo do Immortan Joe, ditador que escraviza centenas de pessoas e as manipula se colocando como um Deus. O guerreiro consegue escapar, mas se vê no meio de uma guerra mortal, iniciada pela Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) na tentativa de salvar um grupo de garotas. Também tentando fugir, Max aceita ajudar Furiosa em sua luta contra Joe e se vê dividido entre mais uma vez seguir sozinho seu caminho ou ficar com o grupo.



O que mais impressiona no filme, sem dúvida, é o visual, com cada detalhe bem pensado e estruturado para criar um imaginário louco, mas que se faz sensato, por gênero e pela intenção.

Tom Hardy não se destaca em quase nada, apenas em 10 minutos emblemáticos, quando ele encontra pela primeira vez Furiosa e as mulheres (modelos VS) que ela está ajudando. Quem mais se sobressai no filme é a maravilhosa Charlize Theron, que mesmo cheia de graxa, careca e sem um braço está linda e consegue arrancar toda a atenção para sua personagem.
 Furiosa não tem cenas desnecessárias, não está perdida, tem um passado, um presente, um propósito de redenção, e é a melhor personagem do filme, bem construída e cheia de camadas. 

Contudo, Nicholas Hoult também realiza um ótimo trabalho como o louco Nux membro da gangue de Immortan Joe, uma de suas melhores atuações até agora da sua carreira. 

Impossível não lembrar as frases de efeito do personagem. 
What a day, What a Lovely day.” 
“Viver, morrer! Viver novamente!”

Miller, além de entregar uma perseguição completa visualmente, realiza uma história feminista, em que a mulher não conversa sobre homens, e não é dispensável. A figura feminina estampada em Estrada da Fúria é de força, de muita luta e competência, diferente do que assistimos atualmente em filmes de ação. 

O que não é apenas impressionante, mas digno, mostra que já está mais do que na hora do gênero feminino ser melhor representado no cinema.


Em Mad Max: Estrada da Fúria não há perdão, nem mesmo para o telespectador. O filme rouba sua atenção, fôlego e bom senso, sem subestimar a audiência.

A perda da sensatez fica, principalmente, para a cena em que vemos um homem tocando guitarra flamejante no meio de uma corrida visceral. 

Com isso, temos um dos melhores filmes de ação dos últimos anos.

Nota: 9 / 10

Informações Gerais
Roteiristas: George Miller, Brendan McCarthy e Nick Lathouris
A nota dos usuários do site IMDB foi de 8,6 / 10
O site Rotten Tomatoes na opinião especializada o filme teve uma aprovação incrível de 98%

Obs1.: George Miller além de ser um diretor australiano é médico, podemos perceber em Mad Max diversas referências da medicina, como na transfusão de sangue que Max faz, no câncer de Immortan Joe e nos seus súditos, entre outras.
Obs2.: Um dos poucos filmes em que o 3D vale a pena.

Veja também as curiosidades sobre o último filme: http://migre.me/q8upe


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