quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cinemandoadois #13: The One I Love, 2014

Filme sobre relacionamentos, que parece mais suspense do que romance.


A história é sobre um casal em crise, Etan (Mark Duplass) e Shophie (Elisabeth Moss), até que o terapeuta, que eles frequentam, indica que eles passem um período de férias em uma casa no campo. Entretanto, logo nos primeiros dias na casa uma inesperada descoberta os faz repensar sobre eles mesmos e sobre o futuro do relacionamento.

Dirigido por Charlie  Mcdowell, estreante da sétima arte, esse é um filme independente que impressiona e consegue entregar originalidade.
Toda a evolução do casal em cena é muito visível, sem deixar de ser sutil, com simbolismos e enquadramentos de espelhos para tentar chegar à compreensão do telespectador. Fica difícil até não dar nenhum Spoiler, pois qualquer tipo de informação extra estraga a descoberta para aqueles que ainda não assistiram.


Com apenas dois atores em, praticamente, todo o filme, é um longa ambicioso, por arriscar em demasiadas sutilezas com o uso da fotografia e uma ótima trilha sonora, utilizando todos os artifícios cinematográficos, de forma simples, sem deixar de ser promissor.

Elisabeth Moss (Cadê os Morgan? / série Mad Men) realiza um trabalho espetacular como Sophie, pode até dizer que esse é uma das suas melhores atuações. Mark Duplass (A Hora Mais Escura, 2012) também faz o protagonista Ethan muito bem com uma atuação engajadora e densa. Assim, Entre o silêncio e o desejo, os personagens prendem a atenção do público, que fica ansioso na tentativa de desvendar a trama.

Porém, o importante do filme não é entender o que realmente acontece e sim a simbologia dos acontecimentos, pois não é um enredo singular e sim universal, para todas as crises entre amores.

Contudo, a falha de The One I Love está no desfecho, em que tentam dar respostas ao que não precisa ser explicado. Mesmo essa tentativa acaba sendo pouco sólida e desnecessária para o final (com um ato em particular que nem mesmo faz sentido). Assim, não se prenda em procurar explicações, pois as poucas que o filme oferece só prejudicam a intencionalidade inicial.


Apesar disso, o longa entrega uma experiência original e cheia de questionamentos, que favorecem um bom diálogo e discussão. Dessa forma, não conseguimos sair intactos do filme, pois leva a reflexão entre relações, erros e principalmente sobre nós mesmos.

Nota: 8 / 10

Informações Gerais
Roteiro: Justin Lader
O site IMDB teve uma média de 7,1/10 das notas dos usuários.
O Rotten Tomatoes deram 80% de aprovação para o filme, enquanto os usuários deram em média nota 3,8/5.

Trailer:


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